O MC Juninho DBC, de 21 anos foi detido em Guarujá, na Baixada Santista, por fazer apologia ao crime após lançar uma música que zombava da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). A letra faz menção a morte soldado Reis e conta detalhes do assassinato.
Após a divulgação do vídeo, as autoridades emitiram um mandado de busca e apreensão, que foi cumprido em diversos endereços relacionados a Adelso dos Santos de Almeida Júnior, incluindo a casa do pai e da irmã.
Amigos próximos contam, que o MC tem o sonho de se tornar um cantor de funk e a música polêmica foi composta e gravada de forma despretensiosa, sem intenção inicial de ser publicada, no entanto, algo o levou a compartilhar o vídeo, que teve uma repercussão negativa em todo o Brasil.
A família, amigos e o próprio Adelson Júnior afirmam que ele não possui nenhuma ligação com o crime organizado, e que a composição da música não passou de uma expressão artística de sua aspiração musical. Porém, devido ao conteúdo controverso da letra o levou a delegacia.
O funkeiro foi levado para a delegacia usando um colete à prova de balas. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os policiais civis prenderam o suspeito em flagrante por associação criminosa e apologia ao crime. O MC foi conduzido à 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Deic) do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 6, onde o caso foi registrado.
O crime de apologia ao crime é tipificado no artigo 287 do Código Penal Brasileiro. Além disso, a Constituição Federal prevê a liberdade de expressão, mas desde que esta não viole os direitos fundamentais previstos na Carta Magna.
O artigo prevê que quem fizer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime será punido com detenção, de três a seis meses, ou multa. Caso a apologia seja feita em meios de comunicação, como a televisão, a pena pode ser aumentada em até um terço.
Fonte: Costa Norte