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Ex-diretor da otrantur é preso em por lavagem de dinheiro na Baixada Santista.

Durante a mais recente fase da Operação Sharks, uma iniciativa conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Militar com o objetivo de desmantelar líderes de uma facção criminosa, um indivíduo foi detido em Praia Grande, no litoral de São Paulo, sob suspeita de envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro. O detido é identificado como ex-diretor da Otrantur, uma empresa anteriormente encarregada do transporte público em São Vicente, SP.

A operação, realizada na manhã de terça-feira (12), teve como foco o bairro Vila Caiçara, em Praia Grande. De acordo com informações da afiliada da Globo, TV Tribuna, o ex-diretor da Otrantur foi o principal alvo da operação. Até o momento, a empresa não emitiu qualquer comunicado a respeito da prisão.

Durante uma entrevista coletiva, o procurador-geral Mário Sarrubo informou que foram conduzidas buscas e apreensões em 22 locais, resultando em dois mandados de prisão, um deles na região. Um dos indivíduos foi preso por posse ilegal de arma de fogo, enquanto o outro foi detido com munições.

O promotor público do Gaeco, Lincoln Gakiya, destacou que aqueles denunciados na operação já se encontram sob custódia ou estão foragidos. Ele enfatizou o enfoque na asfixia financeira da organização criminosa, visando atacar o patrimônio acumulado pelos líderes.

A Operação Sharks teve início em setembro de 2020, com a primeira fase concluída. Ela foi baseada em investigações que utilizaram o cruzamento de dados para identificar integrantes dos escalões mais altos da facção. As provas coletadas revelaram que a cúpula da facção estava envolvida em atividades que movimentavam mais de R$ 100 milhões anualmente, provenientes do tráfico de drogas e da arrecadação de valores dos membros.

O trabalho dos oito promotores de Justiça resultou em denúncias e na prisão de um dos alvos em julho do mesmo ano, em Pernambuco. Esse indivíduo ocupava uma posição de destaque na hierarquia da facção, responsável por gerenciar parte do tráfico de drogas entre o exterior e o Brasil, além de estar envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro. Com sua prisão, foram apreendidos documentos de identificação falsos, cartões de crédito e celulares.

A investigação atual revela o contraste entre a vida de luxo dos líderes da facção e as condições precárias vividas por milhares de seus membros encarcerados e suas famílias, que enfrentam uma vida de pobreza e miséria.