A nutricionista Betina Grusiecki formalizou um boletim de ocorrência acusando seu parceiro de lesão corporal, ameaças, injúria e agressão doméstica. Da Cunha diz que não fez nada daquilo.
O deputado federal Carlos Alberto da Cunha, também conhecido como o youtuber e delegado Da Cunha, enfrenta acusações de agressão à sua companheira em um apartamento localizado em Santos, no litoral de São Paulo. Um boletim de ocorrência foi registrado pela nutricionista Betina Grusiecki, acusando o deputado de lesão corporal, ameaças, injúria e violência doméstica. O deputado nega todas as acusações.
O incidente ocorreu no condomínio da Rua Ricardo Pinto, no bairro Aparecida. Betina, de 28 anos, informou às autoridades que mantém uma união estável com o deputado há três anos e reside com ele.
De acordo com seu depoimento, a discussão entre eles começou depois que Da Cunha consumiu álcool no sábado (14). Durante a discussão, ele a insultou, utilizando termos ofensivos como “lixo” e “putinha”. Em seguida, as agressões físicas começaram. A vítima desmaiou após Da Cunha apertar seu pescoço e bater sua cabeça contra a parede. Quando recuperou a consciência, ela lançou um secador de cabelo nele para se defender.
O deputado continuou agredindo a companheira, ameaçando sua vida e quebrando seus óculos e roupas, conforme relatado no boletim de ocorrência. Betina afirmou que estava ciente do histórico agressivo de Da Cunha com sua ex-companheira e solicitou uma medida protetiva.
A defesa de Da Cunha nega veementemente que ele tenha agredido a companheira. Alega que houve uma discussão durante a celebração de seu aniversário, mas enfatiza que não houve qualquer forma de violência física por parte do deputado. A defesa afirma que os fatos serão esclarecidos no decorrer da investigação.
Carlos Alberto da Cunha, ou Delegado Da Cunha, é um deputado federal eleito por São Paulo em 2022, sendo o 24º candidato mais votado, com um total de 181.568 votos pelo Progressistas. Ele ficou conhecido na internet por seus vídeos que mostram operações policiais e o cotidiano dos agentes. Em 2021, ele foi afastado das ruas e teve que entregar suas armas e distintivo após fazer declarações públicas sobre corrupção na Polícia Militar do Rio de Janeiro e afirmar que há “ratos” dentro da corporação.
Posteriormente, pediu licença de dois anos da Polícia Civil e, mais tarde, admitiu publicamente ter encenado um vídeo de um sequestro em São Paulo. Em 2023, suas armas e distintivos foram devolvidos.