Um acidente chocante teve lugar no bairro de Itapel, localizado em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Registros visuais evidenciam o momento em que um menino foi atingido, com o motorista envolvido partindo do local sem prestar assistência.
Uma criança de 11 anos ficou ferida após ser atingida na cabeça por uma cama elástica que estava sendo transportada de maneira irregular em uma caminhonete, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Imagens registradas mostram o momento em que a vítima foi atingida e o motorista partindo do local sem prestar socorro.
Mavy Rose, uma jornalista de 50 anos, relatou que seu filho saiu para andar de bicicleta com um amigo, como costuma fazer, no bairro Itapel. Ao se aproximar de sua casa, a caminhonete com a cama elástica entrou na rua, com parte da estrutura ultrapassando os limites do veículo.
“Eles não perceberam que uma parte da cama elástica, feita de alumínio, bateu na cabeça do meu filho. Se ele não tivesse abaixado a tempo, poderia ter sido gravemente ferido”, disse a mãe.
De acordo com Mavy, a outra criança tentou chamar a atenção do motorista, mas este a ignorou e não parou para ajudar. A vítima retornou para casa com ferimentos na testa. “Imaginem a situação de uma mãe [ao ver isso]. Meu filho ficou tonto na hora e com medo de cair, então voltou para casa”.
A mãe levou seu filho para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele recebeu atendimento médico e foi liberado, permanecendo em repouso em casa. “Graças a Deus, meu filho está bem”, afirmou Mavy, esclarecendo que sua intenção não é prejudicar o motorista, mas apenas garantir que ele aja de forma responsável.
Mavy Rose destacou que o veículo com o equipamento passou em frente a uma base da Polícia Rodoviária e próximo a uma viatura da Polícia Militar, mas nenhuma ação foi tomada em relação ao transporte que, na sua visão, estava em desacordo com as normas. “Não estou em busca de vingança; quero que as autoridades estejam cientes (…) Isso poderia ter resultado em não apenas um acidente fatal, mas em múltiplos acidentes”.
A mãe expressou seu desespero diante da situação e sua sensação de impotência. Ela enfatizou que, caso seu filho continue sentindo dores de cabeça, será necessário realizar uma tomografia. “Ele ainda está com dor, e quem saiu prejudicado foi meu filho, um menino de 11 anos que poderia ter perdido a vida”.
Acompanhada pelo marido, ela foi até a residência do motorista, onde a esposa dele informou que ele estava em uma festa. O casal, então, dirigiu-se ao evento, e o motorista confirmou que ouviu alguém chamando, mas estava com pressa.
“Ele sabe que moramos aqui e nem mesmo se preocupou em perguntar [sobre o estado do meu filho]. A minha maior indignação é essa: a falta de empatia e a sensação de impunidade”.
O incidente foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e omissão de socorro no 3º Distrito Policial de Itanhaém, onde está sob investigação.
Fonte: g1.com