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Justiça condena correios e terceirizada a pagar indenização a viúva de entregador morto com tiro na cabeça em São Vicente, SP

Foto: Reprodução

A Justiça do Trabalho condenou os Correios e uma empresa terceirizada em R$ 900 mil, por danos materiais e morais, após a morte do entregador Sérgio Murilo Pereira, de 53 anos. Ele foi atingido por um tiro na cabeça ao atropelar um criminoso durante uma tentativa de assalto em São Vicente, na Baixada Santista. A decisão ainda cabe recurso.

Na época, o entregador estava trabalhando quando foi abordado por criminosos, que se posicionaram em frente ao veículo. A vítima atropelou um dos criminosos, que disparou contra ele e o fez perder o controle da direção, colidindo contra um muro. Sérgio foi socorrido ao hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos.

A decisão é da juíza Silvana Cristina Ferreira de Paula, da 2ª Vara do Trabalho de São Vicente. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, e a sentença foi anunciada neste mês. O valor da indenização será destinado à viúva do entregador, Suely Vitorino.

De acordo com o advogado Alexandre Correia, que representa a esposa da vítima no caso, apesar do valor registrado na sentença ser de R$ 900 mil, a quantia recebida pela mulher pode aumentar, chegando a aproximadamente R$ 1,7 milhão, por conta de juros e correção monetária.

“Os correios contrataram uma empresa interposta para que os ajudassem nas entregas”, explicou o advogado. “Foi uma terceirização irregular e, ainda por cima, ele [Sérgio] não tinha registro. Este só foi reconhecido pela companhia [terceirizada] depois da morte”.

Ainda de acordo com o advogado, a Justiça entendeu que há responsabilidade sobre a empresa terceirizada, por conta do registro e vínculo, assim como sobre os Correios. “Ele se apresentava como funcionário dos Correios para a entrega”, complementou.

Suely contou, que no mês da morte do marido, ele havia sido sofrido assaltos em sequência antes de ser morto durante o trabalho.

A mulher acrescentou à época que, após as duas tentativas, Sérgio estava “apavorado”, mas trabalhava pois precisava sustentar a casa. “Saía rezando porque sabia que estava em risco”, complementou.

Fonte: G1 Santos