Um adolescente, de 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), foi agredido com um soco no rosto e teve a cabeça batida contra a parede em uma escola municipal em São Vicente, na Baixada Santista. No boletim de ocorrência, consta que o aluno sofreu bullying e gordofobia.
A mãe da vítima relatou que o filho passou a ser perseguido pelo agressor devido ao porte físico. Ele foi agredido na escola Jacob Andrade Câmara. A Prefeitura de São Vicente disse que o agressor foi punido com suspensão de uma semana.
As agressões aconteceram em dois momentos no dia 24 de abril. No intervalo para o lanche, quando levou o soco e, na sala de aula, quando teve a cabeça batida contra a parede. O caso foi registrado como lesão corporal no 2° Distrito Policial (DP).
De acordo com o BO, o agressor sequer estuda na mesma turma da vítima, mas a seguiu até a classe. O estudante que apanhou disse à polícia ter pedido para o outro estudante se retirar e, nesse momento, teriam sido cometidas as agressões. A situação foi controlada por funcionários da escola.
A mãe da vítima informou que a escola não providenciou atendimento médico ao filho, e apenas ligou ao pai da criança, que foi até a unidade e acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). De lá, o menino foi levado ao pronto-socorro, sendo liberado após o atendimento.
A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), informou que a direção da escola entrou em contato com o pai da criança agredida e prestou todo suporte, acionando a GCM e o Conselho Tutelar, e aconselhando o responsável a registrar boletim de ocorrência.
Segundo a Seduc, os pais do agressor foram convocados pela direção e repreenderam o filho pelo ato. O estudante foi punido com suspensão de uma semana, e os responsáveis se colocaram à disposição para contribuir com o pagamento dos medicamentos, caso necessário.
A administração municipal disse que a escola não tinha conhecimento de que o aluno agredido possuía transtorno de atenção, pois a família nunca tinha entregue nenhuma documentação, nem participado de reunião na unidade.
A pedido da família, a vítima foi transferida de escola. A prefeitura disse que a unidade promove ações reflexivas de combate ao bullying, como rodas de conversa e palestras, e que nenhuma queixa havia sido feita até então sobre prática de bullying com a criança.
Fonte: G1 Santos