Sobre a abordagem realizada pelos policiais ao cantor lírico negro, de 36 anos, durante a travessia de balsa entre as cidades de Santos e Guarujá, na Baixada Santista. Nesta quinta-feira (3), a Polícia Militar afirmou que os policiais não sabiam quem estava no veículo, o que afasta qualquer motivação de caráter racista.
Jean Willian é tenor e trabalha com o maestro João Carlos Martins, um dos maiores do país. Em 27 de janeiro, ele e um amigo combinaram de passar o dia na praia, em Guarujá, mas, no caminho, foram surpreendidos com a abordagem policial.
Ele foi questionado se o carro de luxo que dirigia era dele, e se estaria levando drogas dentro do veículo. Em desabafo, o cantor aponta as consequências do racismo estrutural no cotidiano de pessoas negras.
A PM esclareceu que a placa do veículo ocupado pelo cantor havia sido identificada pelo sistema de câmeras Detecta por provável envolvimento em ocorrência de furto a residência na Zona Leste da capital paulista em 17 de janeiro, indicando a utilização de um carro clonado na ação criminosa.
O tenor Jean Willian, que afirmou que está em reflexão e prefere não se pronunciar sobre a nota da PM neste momento.
Fonte: G1 Santos