A Associação Lar de Amparo Vovó Walquíria, na Cidade Náutica, existe há 27 anos em São Vicente. A instituição privada sem fins lucrativos hoje atende mais de 20 idosos de toda Baixada e está precisando de ajuda.
Segundo a presidente da Casa, Iva Cristina Monteiro, uma das maiores preocupações da instituição é em relação aos mantimentos. “Os idosos necessitam de muitas coisas. Recebemos doações principalmente de produtos de higiene pessoal. Mas horti-fruti é algo difícil de fazermos campanha de arrecadação. Nós temos uma quantidade necessária de comida. As misturas, por exemplo, chegam a ficar ‘no limite’ e nos preocupa. No caso dos legumes, verduras e, principalmente frutas, a situação é pior, muitas vezes chega a faltar.”
Preocupado com essa situação, o vereador eleito, Jhony Sasaki fez um apelo nas redes sociais aos feirantes de São Vicente: “Meus amigos feirantes, o lar da Vovó Walquiria precisa da ajuda de todos. No final da feira sempre acabam sobrando frutas, legumes e hortaliças em bom estado. Será que conseguiríamos dar essa força?”, comenta Jhony.
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História sobre a Associação Lar de Amparo Vovó Walquíria
Baixada na Rede: Quando surgiu o Lar?
Iva Cristina: A minha mãe era atendente de enfermagem e trabalhava em uma instituição privada, que na época havia feito uma parceria com a Prefeitura para que fossem colocados alguns idosos. No entanto, a Prefeitura não estava cumprindo a parte que lhe competia do acordo. Então a dona da instituição pediu para que minha mãe levasse aqueles idosos pra frente da Prefeitura para que eles arrumassem uma solução. Minha mãe disse: “Se você me der as camas para esses idosos, eu levo eles para minha casa”. E assim nasceu a Associação de Idosos Vovó Walquíria.
Foram 12 anos dentro de casa. De onze idosos chegou a ter quase sessenta idosos de rua. E a comunidade nos ajudava. A nossa casa foi condenada pela Defesa Civil para montar uma instituição. Depois, quando viramos notícia em um jornal de repercussão nacional, ficamos conhecidas. Fomos até a Prefeitura, onde conseguimos um terreno emprestado através de um contrato de concessão de uso de 45 anos. Aqui estamos até hoje”.
Baixada na Rede: Como e quando vocês se mudaram para a atual sede, na Náutica?
Iva Cristina: Chegamos nesse local em 2004. No ano seguinte, nasce a RDC 283, que regulamenta e define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. A diferença é que hoje em dia é necessário que o lar seja quase um hospital com sala de jogos, além da forma de funcionamento. Nós nos adequamos dentro daquilo que conseguíamos, em outras devido ao orçamento e a falta de espaço, não conseguimos nos adaptar.
Por exemplo, a legislação obriga que seja feito um quarto para cada idoso com suíte. Hoje nós apenas separamos eles por sexo, pois não temos condições financeiras e nem espaço para isso. Além de ser impossível fazer reformas internas com os idosos dentro. Temos um projeto feito, mas construído no quintal. No entanto, esse espaço não é da Prefeitura e, sim da Dersa.
Em 2009, fomos interditados pela Vigilância Sanitária por não termos cumprido todas as exigências dessa resolução. No mesmo ano, a Promotoria entrou com uma ação para fechar a instituição que está na Terceira Instância.
Baixada na Rede: Por que realiza este trabalho? Qual seu maior sonho?
Iva Cristina: Atualmente, 23 idosos são atendidos no Lar sem fins lucrativos, que é mantido pela mensalidade e ajuda da comunidade. Se não fossem as pessoas que nos ajudam com alimentos, fraldas, higiene pessoal, já teríamos fechado as portas.
Sou fisioterapeuta formada, a equipe é formada por voluntários e trabalhadores que recebem salário mínimo, mas a fé e o amor ao próximo que temos por eles é o que nos motiva a continuar. Me dói o coração saber que não posso atender os idosos carentes porque não temos orçamento.
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