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Caminhoneiros podem parar bairro da Alemoa, em Santos, novamente

Foto: Reprodução

Passados dois meses da última paralisação, a Direção do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (SINDICAM), sob a presidência de Luciano Santos de Carvalho, estará realizando nova assembleia extraordinária a fim de deliberar quais medidas serão adotadas pela ausência de uma solução definitiva para a falta de condições de trafegabilidade na região da Alemoa, em Santos. Um novo movimento não está descartado.

Segundo ofício encaminhado às autoridades municipais, entre elas a Prefeitura e a Portuária, os congestionamentos, agora, também atingem a Rua Doutor Zelnor Paiva de Magalhães. “Os caminhões graneleiros são direcionados desordenadamente para carga e descarga na região portuária por falta de organização dos terminais, acrescida pela falta de local de estacionamento apropriado para veículos de carga”, aponta documento.

O presidente informa que os veículos graneleiros estacionam em pontos de parada proibida na região da Alemoa, o que, por consequência, reduz o número de veículos que podem circular por hora na região, causando diariamente insuportável congestionamento nas vias que em torno da Alemoa.

“É preciso urgentemente a adoção das medidas cabíveis, pois esse problema não afeta apenas os caminhoneiros locais, mas aqueles que vem de fora prestar serviços e a própria população santista, em especial os residentes de bairros como o Jardim São Manoel, a comunidade situada às margens da Via Anchieta e a comunidade situada no final da Alemoa”, relaciona.

A Direção do SINDICAM lembra até que houve casos de falecimento por conta da impossibilidade de chegada tempestiva dos veículos de emergência e relaciona, no documento as empresas que estão situadas na região da marginal da Via Anchieta; os terminais que trabalham com armazenamento de gases, responsáveis pelo congestionamento na Alemoa; e as responsáveis pelo congestionamento na Rua Doutor Zelnor Paiva de Magalhães.

“É abismal o número de reclamações recebidas pelo SINDICAM nesse sentido, sendo que até mesmo moradores das comunidades têm nos procurado pedindo auxílio para solucionar a questão, posto que o penoso trajeto que percorrem entre suas casas e seus destinos cotidianos se tornou ainda pior por conta da falta de organização de empresas com receitas milionárias e sem qualquer consideração pela população dessas áreas carentes”, desabafa.

O sindicalista continua. “É inconcebível que tais empresas, com tão alto poder econômico, não disponham de recursos e capacidade para se adequar logisticamente para desempenhar suas atividades econômicas sem impactar negativamente a vida dos moradores e prestadores de serviço da região”.

Luciano Santos de Carvalho conclui que a omissão em relação a organização logística é na verdade uma opção, que privilegia interesses econômicos próprios em detrimento do bem-estar de cidadãos que vivem em situação de vulnerabilidade social.

“De igual modo, é igualmente incompreensível a conivência das autoridades públicas com esse reprovável comportamento, que apenas prejudica a população santista, em especial os mais carentes”.

O sindicalista reconhece que a Prefeitura de Santos se mostra de portas abertas e é muito solicita para atender a classe de profissionais. Também que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) se esforça para auxiliar na solução do problema.

“No entanto, sentimos que o momento talvez exija a participação ativa da Secretaria Municipal de Assuntos Portuários e Emprego para auxiliar em tão importante questão”, finaliza.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, informou que chamará uma reunião nos próximos dias, com a presença da Guarda Portuária da própria APS e do setor competente da Prefeitura, para tratar da questão da fiscalização e disciplina do trânsito nos locais citados. “É um problema sério e que precisa de uma solução conjunta”, afirmou Pomini.

A Prefeitura de Santos esclarece que a gestão operacional e logística do Porto é responsabilidade da APS e das empresas operadoras dos terminais, incluindo a administração de pátios reguladores, mas colabora para garantir a integração adequada das atividades, para garantir o bem-estar dos cidadãos.

No último dia 1º de setembro no Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de Santos apresentou um plano para melhorar a fluidez do trânsito na área portuária da Alemoa. Nessa reunião, o governador Tarcísio de Freitas anunciou um investimento de R$ 15 milhões que serão destinados a obras de acesso, pavimentação e sinalização na região.

A Administração enviou o projeto à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para a realização de estudos sobre viabilidade da implementação do referido viaduto para uma nova saída da Alemoa. O objetivo é encontrar alternativas que atendam às necessidades de melhoria do tráfego de caminhões para os terminais da região. A resposta completa você pode ler no site do Diário do Litoral.

Fonte: Diário do Litoral