Uma estudante de nove anos foi empurrada e chamada de burra por uma professora em uma escola municipal de Guarujá, na Baixada Santista. A irmã mais velha da menina contou que, ao questionar a educadora na unidade de ensino, foi chamada de “neguinha safada”. Segundo a prefeitura, a profissional foi afastada temporariamente das funções em sala de aula.
O caso teria ocorrido na Escola Municipal Doutor Napoleão Rodrigues Laureano, no bairro Jardim Maravilha, distrito de Vicente de Carvalho e está sendo investigado, a denúncia de suposta agressão e, caso comprovada, providências serão tomadas de acordo com o Estatuto da Municipalidade e com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo Geisiane Anizia Silva da Costa, de 21 anos, a irmã mais nova demonstrou resistência ao ir para a escola nos últimos meses. “Dizia que tinha muito medo de contar pra gente, mas que era por causa da professora”, lembrou. Ainda de acordo com ela, a situação se tornou insustentável, quando a menina foi ofendida e empurrada pela profissional.
“A professora ficava chamando [a irmã mais nova] de ‘burra’ e dizendo que ela ‘era um peso’ na sala. Quando ela foi fazer uma pergunta [durante a aula], acabou sendo empurrada pela professora em cima das carteiras e machucou a perna”, contou Geisiane.
De acordo com Geisiane, a mãe delas se recupera de uma cirurgia no pé e, por conta disso, ela foi sozinha à unidade de ensino para questionar o caso. A jovem disse ter sido atendida por uma orientadora em uma sala até que a professora entrou no local e “partiu para cima” dela.
“Chegou a me empurrar quando veio para cima. Me chamou de ‘neguinha safada’, ‘put**** ‘e outras coisas ruins”, contou Geisiane.
A Polícia Militar foi acionada, porém, que os agentes chegaram ao local apenas depois da saída da educadora. O ocorrido foi denunciado por ela na Secretaria de Educação de Guarujá (SP).
A menina de nove anos passou por atendimento no pronto-socorro de Vicente de Carvalho após o caso. No relatório médico, há o registro de hematomas na coxa e joelho direito que, ainda segundo Geisiane, foram causados pelo empurrão da professora.
Em nota, o Prefeitura de Guarujá confirmou ter recebido a denúncia sobre a suposta agressão cometida por uma professora contra uma aluna. Como medida preventiva e para garantir a integridade física e emocional de todos os envolvidos, a educadora foi afastada temporariamente de suas funções em sala de aula até a conclusão das investigações.
A administração municipal ressaltou que oferece “todos os recursos necessários para um ambiente educacional saudável e seguro aos seus mais de 37 mil alunos das unidades municipais de ensino” e que desenvolve uma campanha contra o bullyng nas escolas, que também aborda questões como a denunciada.
Fonte: G1 Santos