O Santos começa a decidir contra o Boca Juniors (Argentina) nesta quarta-feira (6), a partir das 19h15 (horário de Brasília), uma vaga na final da Copa Libertadores da América.
O duelo desta quarta reúne poucos embates pela competição continental, porém com um histórico de confrontos pesados. Os times decidiram a Libertadores em duas ocasiões: na primeira, em 1963, o Peixe foi campeão. Em 2003, a equipe xeneize deu o troco e ficou com a taça. Nas duas ocasiões, duas vitórias para cada lado.
Rivalidade histórica
Na primeira partida da decisão de 1963, vitória santista por 3 a 2 no Maracanã. Coutinho (2) e Lima fizeram para o Santos. Sanfilippo fez os dois dos argentinos.
No segundo e decisivo jogo da final, o primeiro tempo acabou 0 a 0, mas o Boca abriu o placar logo no primeiro minuto do segundo, com o artilheiro Sanfilippo. O Peixe reagiu rápido e, minutos depois, Coutinho deixou tudo igual. O empate já daria o título aos santistas, mas Pelé estava disposto a acabar de vez com as esperanças dos argentinos e marcou, aos 37 da etapa complementar, o gol da vitória e do bicampeonato alvinegro, calando a pulsante La Bombonera.
Em 2003, o Santos foi para a final no embalo dos Meninos da Vila, que no ano anterior tinham tirado o clube da fila, com o título brasileiro de 2002. Porém, o Boca levou a melhor em jogo equilibrado na Bombonera, vencendo por 2 a 0, e abrindo caminho para o título. No Morumbi, o Boca saiu na frente com Tevez, mas Alex empatou no segundo tempo. O Alvinegro Praiano partiu para o “abafa”, mas sofreu o segundo gol, marcado por Delgado, em lance no qual o goleiro Fábio Costa saiu na linha do meio-campo. Schiavi, de pênalti, sacramentou a conquista argentina.
No total, os dois times já se enfrentaram 12 vezes. Os santistas levam vantagem, tendo vencido os argentinos em seis oportunidades, enquanto os hermanos saíram vitoriosos em quatro jogos, além de dois empates. O Alvinegro Praiano marcou 24 gols e sofreu outros 20.
Santos perto da força máxima
O Santos aproveitou bem o período de final de ano e conseguiu recuperar boa parte de seus jogadores entregues ao departamento médico. Pará, Madson e Jobson estão à disposição do técnico Cuca. Além disso, o clube manteve Lucas Veríssimo, vendido para o Benfica (Portugal), para a reta final da Libertadores, e prorrogou o empréstimo de Luan Peres junto ao Brugge (Bélgica).
Desta forma, Cuca poderá escalar o time que considera ideal para essa partida. O treinador tem apenas uma dúvida: Sandry ou Lucas Braga entre os titulares. Cuca iniciou o treino de terça com Sandry entre os titulares, mas também testou Soteldo como meia e Braga como terceiro atacante.
Para o zagueiro Luan Peres, o elenco do Peixe aguarda com ansiedade o duelo, porém está confiante para enfrentar os argentinos. “Com certeza é o jogo mais importante da minha carreira. Se você perguntar para 30 jogadores do elenco, 28 vão te falar que é o mais importante da vida. O Pará já foi campeão da Libertadores, então para ele a final de 2011 foi mais relevante. Mas a maioria do nosso elenco nunca viveu isso. Eu já joguei Champions League, mas nem chega perto do que será essa decisão. Pelo sabor que tem, pelo tamanho do Santos FC e por ser uma semifinal, sem dúvidas é o jogo em que estou mais ansioso para atuar”, disse.
Boca tem baixa entre titulares
Do lado dos donos da casa, o técnico Miguel Ángel Russo não poderá contar com o meia Jorman Campuzano, que sofreu uma lesão muscular contra o River, pela Copa da Superliga Argentina.
FICHA TÉCNICA
BOCA JUNIORS X SANTOS FC
Local: Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 6 de janeiro de 2021 (quarta-feira)
Horário: 19h15 (horário de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Claudio Urrutia e Alejandro Molina (ambos do Chile)
BOCA JUNIORS: Andrada; Jara, Lisandro López, Izquierdoz e Fabra; Capaldo, González e Salvio; Tevez; Villa e Soldano
Técnico: Miguel Ángel Russo
SANTOS FC: John; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison, Diego Pituca e Sandry (Lucas Braga); Marinho, Soteldo e Kaio Jorge
Técnico: Cuca
Reportagem: Santaportal
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