Início Baixada Santista Cresce 30% a procura por cursos EAD durante a pandemia

Cresce 30% a procura por cursos EAD durante a pandemia

Foto: ilustrativa

Desde que o primeiro caso do novo coronavírus foi registrado no Brasil, em fevereiro do ano passado, a rotina e os hábitos das pessoas mudaram. Trabalho e estudos passaram do presencial para o remoto, contribuindo para um aumento de 30% nas buscas por um curso de graduação a distância, segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED).

“Houve um aumento de matriculas nos cursos EAD em várias instituições. Esse aumento já estava ocorrendo antes da pandemia como foi observado no Censo da Educação Superior publicado pelo INEP/MEC em 2020. No último Censo a EAD já representava 50,7% das matriculas de ingressantes nas Instituições privadas de Educação Superior. Em termos de matrículas gerais a EAD representa 35% de todas as matriculas da Educação Superior”, ressalta o diretor de relações nacionais na ABED, Carlos Fernando Araújo Júnior.

Escolha

Ainda segundo Araújo Júnior, a busca dos cursos EAD no ensino superior se dá pela flexibilidade de tempo e espaço de aprendizagem. O fator financeiro também contribui para a escolha, visto que as mensalidades na modalidade costumam ser de 30% a 50% mais baratas do que nos cursos presenciais.

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“Alunos com dificuldades de tempo, transporte e mobilidade tem na Educação a Distância uma modalidade importante. Além disso, o fator econômico e financeiro é atraente e inclusivo”, completa Araújo Júnior.

No que diz respeito ao perfil dos estudantes EAD, no geral, eles são mais velhos e provenientes das classes C, D e E. Além disso, as mulheres costumam ser responsáveis pela maior parte das matrículas.

Os preferidos

A pandemia fez com que houvesse um aumento na busca por cursos na área de saúde e engenharias, em modelo híbrido (quando parte das aulas acontecem de forma remota e parte de forma presencial). Ainda assim, cursos que permitem o trabalho em áreas administrativas, além das áreas de educação, dominam o top 10, como é possível observar a seguir:

•Pedagogia
•Administração
•Contabilidade
•Gestão de pessoas
•Educação física
•Serviço social
•Educação física, formação de professor
• Gestão de negócios
•Sistemas de informação
•Logística

EAD veio para ficar

A pandemia acelerou o processo de conscientização das pessoas sobre o potencial da Educação a Distância para uma educação de qualidade. Dessa forma, a tendência é que cada vez mais, os cursos a distância sejam a opção dos estudantes, mesmo após a superação da crise sanitária e econômica provocada pela Covid-19.

“Estamos vivendo um momento único. Entendemos que o possível preconceito que havia sobre a Educação a Distância caiu por terra, já que toda a sociedade se mobilizou para utilizar os recursos tecnológicos para continuar o trabalho e manter a economia com certo crescimento (…). A sociedade observou que as tecnologias podem ser aliadas da educação. Esse fenômeno foi fundamental para a expansão dos cursos na modalidade a distância e cursos híbridos. Assim, entendemos que o aumento das matriculas em cursos na modalidade EAD devem se expandir consideravelmente nos próximos anos, além da entrada de novos cursos, que hoje ainda não são oferecidos, ou são oferecidos de forma restrita, nesta modalidade, como Direito, Psicologia e Enfermagem”, afirma Araújo Júnior, que é especialista em EAD e, atualmente, também é pró-reitor de Educação a Distância na Cruzeiro do Sul Educacional.

Escolha de forma correta

Muitas pessoas ficam na dúvida se o ensino a distância é a modalidade mais indicada para suas necessidades. Contudo, segundo especialistas, apesar de exigir uma dose extra de autodisciplina e eficácia, o estudo remoto pode ser para todos. “Alunos que naturalmente tenham essas características se desenvolvem melhor na modalidade EAD. Mas, trata-se também de uma oportunidade para aqueles que não possuem essas características, para se aprimorarem nestas competências”, avalia o diretor de relações nacionais na ABED.

Outro aspecto importante quando o assunto é EAD, é a escolha da instituição de ensino. Neste caso, a dica, é verificar os indicadores de qualidade da Instituição, como IGC, Enade e índice de empregabilidade.
Além disso, procure conhecer o histórico da faculdade ou universidade desejada, pesquisando tanto sobre o histórico em cursos presenciais como nos cursos a distância. “Embora o preço seja relevante para o candidato, consideramos importante atentar para esses dois fatores: indicadores acadêmicos e histórico”, finaliza Araújo Júnior.

Fonte: Diário do Litoral