O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, afirmou que os refugiados afegãos que estão em uma colônia de férias na Praia Grande, na Baixada Santista, vão ser transferidos para outro local já no mês de agosto.
Em visita ao local, Botelho não deu mais detalhes sobre o novo destino do grupo, mas confirmou que a intenção é levar essas pessoas para outro centro de acolhimento “que está sendo montado neste momento no Estado de São Paulo, em outra cidade”.
Os refugiados estão desde o início de julho na colônia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêutica. O local foi o primeiro abrigo dos afegãos desde que desembarcaram no país e passaram dias dormindo no Aeroporto de Guarulhos.
De acordo com Botelho, a Secretaria Nacional de Justiça tem um plano de acolhimento a longo prazo para os refugiados, já que, segundo ele, “o fluxo de afegãos continuará”.
O secretário nacional de Justiça disse ainda que houve uma força-tarefa do governo federal com auxílio da prefeitura de Praia Grande e do governo estadual para garantir o acolhimento necessário aos refugiados, com tratamento emergencial de saúde e obtenção de documentos. Na opinião dele, a falta destes serviços colabora para que grande parte dos refugiados busque outros países.
Para Botelho, o trabalho que vem sendo realizado no litoral de São Paulo deve servir de exemplo. “O que aconteceu aqui em Praia Grande é um exemplo do que a gente quer ver refletido em outros locais do país.
Entre janeiro do ano passado e abril deste ano, mais de 6 mil afegãos entraram no Brasil, segundo dados do Sistema de Tráfego Internacional, da Polícia Federal, compilados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
O alto fluxo migratório provocou uma crise humanitária, com falta de vagas em abrigos para atendimento de toda a população. À espera do encaminhamento, os afegãos improvisaram camas e barracas no chão do aeroporto de Guarulhos.
Fonte: Metrópoles