A mulher acusada de participação na morte da filha de dois anos, no ano de 2005, em Praia Grande, na Baixada Santista, foi condenada pelo Tribunal do Júri a 18 anos e 8 meses anos de prisão pelo crime de homicídio por omissão. Vilma da Silva já havia sido condenada à mesma pena em 2017, ocasião em que o julgamento foi anulado. A defesa recorrerá da decisão.
Vilma saiu presa do plenário do Fórum de Praia Grande (SP), após um julgamento que durou cerca de 12 horas. Ela deve ser recolhida à Penitenciária de Tremembé (SP).
Juliana da Silva tinha 2 anos quando foi encontrada morta com sinais de agressão e espancamento no apartamento em que morava, na Vila Tupy. Ela foi levada à Santa Casa de Santos, mas não resistiu aos ferimentos e chegou morta na unidade hospitalar.
A promotoria apontou a madrinha da vítima, Alba Cristina da Silva, como a responsável pela morte de Juliana. Ela foi condenada a 24 anos de prisão pelo homicídio, além de mais 2 anos por maus-tratos contra a menina e a irmã mais velha, em 2014.
No primeiro julgamento, em 2017, Vilma não estava presente e não foi interrogada. A defesa da ré alegou que ela não compareceu devido a um erro do cartório e, portanto, aguardou pelo novo julgamento.
A defesa alegou que ela não poderia agir para evitar a morte porque estava em outro cômodo na hora do crime, além de ser imprevisível a agressão fatal, tendo ela, no máximo, “agido com negligência ao deixar a filha com a madrinha”.
Alguns dos agravantes para a pena, fixada em 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, foram o grau de parentesco e a idade da vítima.
Além de Renan, a defesa também foi composta pelos advogados Alex Ochsendorf e Bianca Campos Ferreira. Eles irão recorrer buscando a anulação do julgamento e impetrarão habeas corpus para que Vilma responda em liberdade.
Fonte: G1 Santos