Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (18), na Secretaria de Saúde de Santos, infectologistas clamaram por um lockdown e medidas ainda mais restritivas na Baixada Santista em razão do aumento do número de casos e internações por Covid-19. A maioria dos hospitais das cidades da Região está com a ocupação máxima e pacientes aguardam vaga em leitos de Covid-19.
Estiveram presentes na entrevista representantes das redes hospitalares pública e privada, entidades da classe médica e especialistas em infectologia, assim como o secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta e dirigentes dos hospitais: Ana Costa, Beneficência Portuguesa, Casa de Saúde, Complexo Hospitalar dos Estivadores, Frei Galvão, Santa Casa, Santo Expedito (Apas) e Hospital Vitória. O presidente da Associação Paulista de Medicina – Santos, Antonio Joaquim Ferreira Leal, também esteve presente.
Segundo Catapreta, a situação de Santos é muito mais grave do que aquela que foi considerada anteriormente, e o secretário afirmou que seu maior medo, no momento, é começar a observar óbitos sem qualquer tipo de assistência, algo que já ocorre em outras regiões do Estado de São Paulo. Os profissionais da saúde pediram por um lockdown urgente ou ao menos medidas ainda mais restritivas. Atualmente, o governo Doria recomenda que existam de dez a 30 leitos dedicados a pacientes com Covid-19 para cada 100 mil habitantes no município. Catapreta explica que Santos possui 77 leitos para centena de milhar de pessoas, mais do que o dobro do que é pedido, mas como os pacientes costumam ficar pelo menos 21 dias internados, os leitos não são capazes de dar conta da demanda que vem crescendo a cada semana.
Fonte: Diário do Litoral